3 de agosto de 2004

DIVINA MEDIUNIDADE

DIVINA MEDIUNIDADE
Em nos reportando a qualquer estudo da mediunidade, não podemos olvidar que, em Jesus, ela assume todas as características de exaltação divina. (Aqui, André Luiz indica o trecho acima, transcrito de a Gênese).Desde a chegada do Excelso Benfeitor ao Planeta, observa-se-lhe o pensamento sublime penetrando o pensamento da Humanidade.Dir-se-ia que no estábulo se reúnem pedras e arbustos, animais e criaturas humanas, representando os diversos reinos da evolução terrestre, para receber-lhe o primeiro toque mental de aprimoramento e beleza.Casam-se os hinos singelos dos pastores aos cânticos de amor na vozes dos mensageiros espirituais, saudando aquele que vinha libertar as nações, não na forma social que sempre lhes será vestimenta às necessidades de ordem coletiva, mas no ádito das almas, em função da vida eterna.Antes dele, grandes comandantes da idéia haviam pisado o chão do mundo, influenciando multidões.Guerreiros e políticos, filósofos e profetas alinham-se na memória popular, recordados como disciplinadores e heróis, mas todos desfilaram com exércitos e fórmulas, enunciados e avisos, em que se misturam retidão e parcialidade, sombra e luz.Ele chega sem qualquer prestígio de autoridade humana, mas, com a sua magnitude moral, imprime novos rumos à vida, por dirigir-se, acima de tudo, ao Espírito, em todos os climas da Terra.Transmitindo as ondas mentais das Esferas Superiores de onde procede, transita entre as criaturas, despertando-lhes as energias para a Vida Maior, como que a tanger-lhes as fibras recônditas, de maneira a harmonizá-las com a sinfonia universal do Bem Eterno. MÉDIUNS PREPARADORES - Para recepcionar o influxo mental de Jesus, o Evangelho nos dá notícias de uma pequena congregação de médiuns, à feição de transformadores elétricos conjugados, para acolher-lhe a força e armazená-la, de princípio, antes que se lhe pudessem canalizar os recursos. E longe de anotarmos aí a presença de qualquer instrumento psíquico menos seguro do ponto de vista moral, encontramos importante núcleo de medianeiros, desassombrados na confiança e corretos na diretriz.Informamo-nos, assim, nos apontamentos da Boa Nova, de que Zacarias e Isabel, os pais de João Batista, precursor do Médium Divino, "eram ambos justos perante Deus, andando sem repreensão, em todos os mandamentos e preceitos do Senhor" (Lucas 1:5), que Maria, a jovem simples de Nazaré, que acolheria o Embaixador Celeste nos braços maternais, se achava "em posição de louvor diante do Eterno Pai" (Lucas 1:30), que José da Galiléia, o varão que o tomaria sob paternal tutela, "era justo" (Mateus 1:19), que Simeão, o amigo abnegado que o aguardou em prece, durante longo tempo, "era justo e obediente a Deus"(Lucas 2:25), e que Ana, a viúva que o esperou em oração, no Templo de Jerusalém, por vários lustros, vivia "servindo a Deus" (Lucas 2:37).Nesse grupo de médiuns admiráveis, não apenas pelas percepções avançadas que os situavam em contato com os Emissários Celestes, mas também pela conduta irrepreensível de que forneciam testemunho, surpreendemos o circuito de forças a que se ajustou a onda mental do Cristo, para daí expandir-se na renovação do mundo. (ANDRÉ LUIZ, MECANISMOS DA MEDIUNIDADE, Cap. XXVI)